O fantasma na clínica psicanalítica
Nota contracapa
O fantasma – janela única de abertura para o mundo – modelando o desejo e modulando o gozo, tece aquilo que equivocadamente costumamos chamar de realidade. Como uma tela que vela e revela nossas escolhas eróticas dotando-as de colorido particular, ele constitui o lastro fundamental e paradoxal da análise, nesse viés necessário que emoldurando o trauma, mascara o Real. Jean-Jacques Tyszler, partindo da elaboração freudiana no texto princeps Bate-se numa criança, debruça-se sobre os aportes lógicos fornecidos por Lacan e, seguindo um trajeto singular através das formas clínicas da nova patologia mental, ele enfoca o Real, o Simbólico e o Imaginário enquanto vertentes do fantasma, elucidando para nós questões fundamentais da clínica psicanalítica.
Letícia P. Fonsêca